Hoje vamos falar de Lua de Mel, ou melhor, destinos de viagens que são perfeitos para Lua de Mel.
As Ilha Seychelles foram o destino escolhido para a lua de mel do Príncipe William e a Princesa Kate no ano passado.
Conheça mais deste destino magnífico!
Embora mareantes austronésios ou
mercadores árabes possam ter sido os primeiros a visitar as desabitadas
Seychelles, o primeiro registro europeu conhecido do avistamento das ilhas
ocorreu em 1502, pelo almirante português Vasco da Gama, que atravessou as Ilhas
Amirante, nomeando-as em honra de si próprio (ilhas do Almirante).
A primeira visita a terra
registada e a primeira descrição escrita do arquipélago deve-se à tripulação do
East Indiaman inglês Ascension em 1609. Fazendo parte da rota comercial entre a
África e a Ásia, as ilhas eram ocasionalmente utilizadas por piratas até os
franceses iniciarem o controlo do arquipélago em 1756, quando a Pedra da
Possessão foi colocada pelo Capitão Nicholas Morphey. As ilhas foram nomeadas
em honra de Jean Moreau de Séchelles, Ministro das Finanças de Luís XV.
Os Britânicos disputaram o
controlo das ilhas com os Franceses entre 1794 e 1812. Jean Baptiste Quéau de
Quincy, o administrador francês das Seychelles durante os anos da guerra com o
Reino Unido, preferiu não resistir quando os navios inimigos chegaram. Em vez
disso, Quincy negociou com sucesso a capitulação aos Britânicos, que conferiu
aos colonos uma posição privilegiada de neutralidade.
A Grã-Bretanha eventualmente
assumiu o controle total após a rendição das Ilhas Maurício em 1812, o que foi
formalizado em 1814 no Tratado de Paris. As Seychelles tornaram-se uma colónia
realenga separada das Maurício em 1903 e a independência foi conseguida em
1976, sob a forma de república inserida no Commonwealth. Em 1977, um golpe de
estado depôs o primeiro presidente da república, James Mancham, substituíndo-o
por France Albert René. A constituição de 1979 declarou um estado socialista
uni-partidário, e assim permaneceu até 1991. O primeiro rascunho da nova
constituição não obteve os 60% de votos requeridos em 1992, mas uma versão
emendada foi aprovada em 1993. Nas eleições presidenciais de Julho de 1993, o
até então ditador Albert René foi eleito com 59% dos votos totais. Atualmente
Seychelles continua com características fortemente socialistas como uma
economia totalmente planificada e burguesia inexistente.
A legislação ambiental das
Seychelles é muito estrita, e todo o turismo projectado está sujeito a uma
revisão ambiental e a um longo processo de consulta com o público e os
conservacionistas. As ilhas são líderes mundiais em turismo sustentável. O
resultado final deste desenvolvimento sustentável é um ambiente natural intacto
e estável, que atrai visitantes com grande poder financeiro (150.000 em 2007)
mais do que turismo de massas de curta duração. Desde 1993 uma lei garante aos
cidadãos o direito a um ambiente limpo, ao mesmo tempo que os obriga a proteger
esse ambiente. O país detém o recorde da maior percentagem de terra sob
protecção natural — quase 50% da área de terra total das Seychelles.
Tal como muitos ecossistemas
insulares frágeis, as Seychelles viram a perda de biodiversidade durante o
início da colonização, incluindo o desaparecimento das tartarugas-gigantes das
lhas graníticas, o abate das florestas costeiras e de média altitude, e a
extinção de espécies como o Zosterops erythropleurus, o
periquito-das-seychelles e o crocodilo-de-água-salgada. No entanto, as
extinções aqui foram muito menores que em ilhas como as Maurício ou o Havai, em
parte graças a um menor período de ocupação humana (desde 1770). As Seychelles
são hoje em dia conhecidas pelos casos de sucesso na proteção da sua flora e
fauna. O raro papagaio-preto-das-seychelles, o pássaro nacional do país, está
agora protegido.
As ilhas graníticas das Seychelles são o lar de cerca de 75
espécies vegetais endêmicas, a que se somam mais cerca de 25 espécies do grupo
Aldabra. É particularmente bem conhecido o coco-do-mar, uma espécie de palmeira
que cresce apenas na ilha Praslin e na sua vizinha Curieuse. Por vezes
alcunhado de "noz do amor" devido à sua forma sugestiva, o
coco-do-mar é a maior semente do mundo. A árvore-medusa encontra-se apenas em
alguns locais, hoje em dia.
Esta estranha e antiga planta resistiu a todos os esforços
efectuados para a sua propagação. Outras espécies vegetais únicas incluem a
gardénia-de-wrights, encontrada apenas na Reserva Especial da Ilha de Aride.
As tartarugas-gigantes-de-aldabra povoam agora muitas das
ilhas das Seychelles, sendo a população de Aldabra a maior do mundo. Estes
quelônios peculiares podem ser encontrados até como grupos populacionais
vivendo em cativeiro.
Foi reportado que as ilhas graníticas das Seychelles abrigam
espécies distintas de tartaruga-gigante-das-seychelles, mas o estado actual das
diferentes populações não é claro.
As Seychelles abrigam algumas das
maiores colónias de aves marinhas do mundo.
A vida marinha em volta das ilhas, em especial as ilhas
coralíferas mais remotas, pode ser espectacular. Mais de 1.000 espécies de
peixes foram registradas. Desde que a utilização de arpões e dinamite na pesca
foi banida devido aos esforços dos conservacionistas locais nos anos 1960, a vida selvagem
deixou de temer os snorkelers e mergulhadores. O branqueamento de corais em
1998 infelizmente danificou muitos recifes, mas alguns mostram uma recuperação
saudável (por exemplo na Ilha de Silhouette).
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