Em 28 de janeiro de 1887, começa a ser construída em Paris uma torre de ferro que deveria pesar 9 mil toneladas e medir 300 metros de altura, num projeto do engenheiro Gustave Eiffel. Na época, os céticos previam: “Isto vai cair”. No entanto, a torre ficou de pé até hoje e é conhecida pelo nome de seu idealizador.
Gustave Eiffel (1832-1923) era um dos maiores especialistas mundiais em construção metálica. Havia edificado uma série de pontes e viadutos. A ideia de uma torre de ferro bem alta para ser inaugurada na Exposição Internacional de 1889 teve como autores os engenheiros Koechlin e Nouguier, que trabalhavam no escritório de Eiffel. A torre foi erguida entre 1887 e 1889, sob o comando direto de Eiffel, que também financiou o projeto.
A inauguração se estenderia por seis meses. A Exposição Universal e a Torre Eiffel anunciaram o advento do século XX. Tendo o direito de propriedade sobre a torre durante 20 anos, seu construtor fundou em 1888 a Companhia da Torre Eiffel. Em 1909, ela deveria ser desmontada, mas continuou.
A torre foi criticada, apelidada de “candelabro vazio” e de “esqueleto sem graça” por Guy de Maupassant. O escritor Joris-Karl Huysmans foi mais direto: “Não podemos conceber que este monte de ferro, em forma de funil, seja concluído, que este supositório vulgar e crivado de parafusos permaneça como tal”. No entanto, a construção conquistou a simpatia de outros artistas e chegou a ser tema de canções, como de Charles Trenet.
Os quatro pés da torre, correspondendo aos pontos cardeais, estão apoiados em bases de concreto de 26 m2 com 9 a 14 metros de profundidade. Tem três estágios. Seu peso total é de 10 mil toneladas, sendo necessárias 60 toneladas de tinta para pintá-la. É repintada a cada sete anos, com os trabalhos durando de dois a três anos. A pintura é composta por 3 tonalidades gradientes, sendo mais clara no alto e mais escura embaixo, o que permite acentuar a perspectiva e a impressão de vertigem que se tem do solo.
Ao calor do sol, o conjunto metálico se afasta de sua posição inicial até 10 centímetros em relação ao zênite, enquanto as mais pesadas borrascas a fazem balançar não mais que 2 centímetros de seu eixo vertical.
Em 1986, sua iluminação foi mudada. Os projetores do Campo de Marte foram substituídos por lâmpadas de sódio colocadas em meio à estrutura.
A torre foi salva da demolição graças à telegrafia sem fio, quando descobriram sua utilidade como suporte de antena. Em 1912, passou a fornecer a hora oficial para todo o mundo, participando posteriormente da defesa nacional durante a Primeira Guerra, indicando a força do vento e a pressão atmosférica. Mais tarde, recebeu antenas de televisão. Hoje, emite os sinais de seis canais franceses.
Atualmente, a Torre Eiffel recebe cerca de 5 milhões de visitantes ao ano. Gustave Eiffel, que viveu até os 91 anos, tinha razão ao dizer: “Só posso ficar orgulhoso da torre: ela é muito mais famosa que eu”.
Fonte: Torre Eiffel | Silvana
Nenhum comentário:
Postar um comentário